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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

VALE A PENA REPRODUZIR !

Quem não é o maior, tem que ser o melhor

Estou com uma dúvida: o Avaí é a Brawn do Brasileiro ou a Brawn é o Avaí da Formula 1?

Na verdade, nem um nem outro, mas vale pela brincadeira e pelo jogo de palavras. Entretanto, talvez não seja totalmente desprovida de lógica essa colocação. Nem preciso falar das diferenças entre as duas instituições, mas vou falar de duas semelhanças: ambas são novatas (o Avaí na elite da bola no século dos pontos corridos) e ambas são pequenas e contam com poucos recursos financeiros. Finalmente, uma é campeã e a outra não é e tampouco virá a ser, ao menos nesse ano, mas sua campanha é digna de um campeão, principalmente quando olhamos na multidão de nomes impactantes que estão atrás ou ao lado do humilde Avaí.


Na verdade, nem um nem outro, mas vale pela brincadeira e pelo jogo de palavras. Entretanto, talvez não seja totalmente desprovida de lógica essa colocação. Nem preciso falar das diferenças entre as duas instituições, mas vou falar de duas semelhanças: ambas são novatas (o Avaí na elite da bola no século dos pontos corridos) e ambas são pequenas e contam com poucos recursos financeiros. Finalmente, uma é campeã e a outra não é e tampouco virá a ser, ao menos nesse ano, mas sua campanha é digna de um campeão, principalmente quando olhamos na multidão de nomes impactantes que estão atrás ou ao lado do humilde Avaí.

Há anos bato na tecla que o futebol, em especial no Brasil, permite a montagem de bons times por equipes com pouco dinheiro. Ou, uma outra tradução, equipes que não sejam dos dois centros econômicos maiores (é bobagem chamá-los de mais ricos, pois não são, são apenas grandes). Sí, se puede, como vira e mexe dizem nossos vizinhos diversos de continente. Para provar essa tese, está aí a Brawn GP campeã do mundo de pilotos e, salvo uma enorme zebra, campeã mundial também de construtores.

A equipe do ano na F1

Há um ano a Brawn GP não existia ou, se existia, era somente um sonho maluco na cabeça privilegiada de Ross Brawn. Todavia, no final do ano a Honda caiu fora. Encontrou na crise financeira a desculpa perfeita para abandonar as pistas, consolidando um fracasso absoluto, sem com isso levar nenhum de seus dirigentes a cometer o sepuku. Assim, 2008 terminou com Ross Brawn sem emprego, assim como toda o pessoal que trabalhava com ele na Honda, inclusive dois bons pilotos, Jenson Button e Rubens Barrichello.

Ora, sabemos todos que o mundo da F1 é o mundo do dinheiro por excelência. O sucesso, especialmente nos últimos vinte anos, esteve sempre ligado ao poder econômico. Ferrari e McLaren pontificaram, assim como a Honda e a Renault. A Mercedes-Benz deu as caras, bem como BMW e Toyota. A Ford tentou, mas não aguentou o rojão. Foi nesse mundinho que Ross Brawn entrou com sua equipe. Confirmou a manutenção dos dois pilotos, um deles jovem, agressivo e técnico, e o outro experiente, extremamente técnico e, provavelmente, o melhor acertador de motor e de carro como um todo na F1.

O dinheiro era pouco e mal daria para a primeira metade da temporada, apostava-se se a equipe chegaria viva à fase europeia do campeonato. Provando sua competência, Ross conseguiu nada menos que o motor Mercedes para seus carros, um motor já testado e de comprovada eficiência. Preocupado com a perda de mais uma equipe, Bernie Eclestone também colaborou para manter a equipe viva, adiantando dinheiro e algumas outras facilidades, como a cobertura de boa parte dos custos de logística.

Além de tudo isso, Ross tinha um trunfo na manga: o difusor duplo. Uma inovação técnica que até parecia fora do regulamento, mas que foi confirmada como legal pela FIA, e que, apesar do que diz seu criador, fez diferença para a Brawn GP.

Então, foi isso: direção competente, ideia inovadora, boa estrutura e pessoal qualificado, mesmo não sendo “os caras” - nesse caso, é óbvio, estou me referindo aos dois pilotos.

O resultado todos conhecemos.

O time do ano no Brasileiro

(Ainda é prematuro para esse título, mas acredito nele.)

“Nossa meta é permanecer na Série A, fugir do rebaixamento.”

Quantas vezes não ouvi essa frase dita por Silas, o treinador do Avaí, nos últimos meses? Vitória após vitória, e lá vinha ela, igual ou ligeiramente diferente: Nossa meta é escapar do rebaixamento.

Nesse final de semana a frase mudou. Com 43 pontos conquistados, a permanência na Série A só não é matemática, pois na prática já está assegurada. E Silas, com todo o direito, já aventou o sonho de conquistar uma vaga na Libertadores. Sim, na Copa Libertadores, pois, novamente, na prática a vaga na Sul Americana já está assegurada.

Para ser mais preciso, vou valer-me dos cálculos do Ricardo Miranda para o Avaí:

Emerson Gonçalves - Globo.com

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